domingo, 21 de março de 2010

Lua



O meu grau de mutação é muito grande! Não me cobro estabilidade, passionalidade ou qq combinação do tipo... Sim! Instabilidades, devaneios, desejos e uma mescla de sentimentos é que se alternam de acordo com os segundos vividos e respirados pelo meu ser. Não posso e nem quero me limitar ou definir o que eu não compreendo e não almejo compreender.
Existem momentos em que a leveza da vida e a sua complexidade travam uma guerra incessante que não finda jamais. Pode até se calar por minutos, horas, dias, semanas, meses, séculos ou anos luz...
Muito saudosismo permeia noites e noites de insônia. A identificação com as linhas desenhadas e não escritas por Clarice Lispector me acalmam, não sou a única!
Além disso, vivo no ideal, que restringe o real e faz com que o que concretiza, não sendo o ideal, perder totalmente o valor e o significado.

Sim! Sou regida pela lua, isso justifica todas as mutações prováveis, impossíveis e plausíveis do meu ser.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Incógnita



Um dia aprendo para que serve o silêncio. Não é o silêncio da fala, mas, o silêncio da alma. Do que adianta tantas frases inconcluídas no vácuo desse universo, se o que grita em mim, só se ouve em meu olhar. Meus olhos falam além da boca, exaltam os sons do desejo, do medo, do frio e da felicidade.
Está aí, o que é a felicidade? É o aqui e agora ou é que almejo nas entrelinhas do meu caderno sem pauta, aqueles de 1990 onde as palavras, nele escritas, sobem e descem sem ter onde se apoiarem. A linearidade não existe, é algo que só se anseia.
Poucas pessoas ouvem o que olho, menos pessoas ainda vêem o que falo. Não compreendo o implícito explícito nas minhas ações. Amanhã, ontem, hoje, sem sequência cronológica, analógica ou digital.
O que eu sinto, ah, não é amor, juro! Paixão, até pode ser; mas, do que adianta a paixão se não te quero por perto (isso pode mesmo ser paixão?)
Tanto faz, isso não está posto em questão... Se é utópico ou óbvio, não nem quero saber.