domingo, 3 de janeiro de 2010

O Mito do Novo Ano



O tão esperado ano novo chegou! Tantas promessas, tais como: "No próximo ano serei fiel", "Se eu tiver um novo emprego, prometo que realmente trabalho", "No próximo ano vou realmente saber em quem votei", " Vou aguçar a minha criticidade no ano novo", "no próximo ano vou estudar", "Vou começar, no próximo ano, aquela dieta que emagrece 20 kg por mês", "No próximo ano vou comprar um carro", "No ano novo vou sair do especial e do cartão de crédito", "No próximo ano vou me casar", "No próximo ano serei feliz"... Dentre essas promessas existem outras milhares, mas, que se referem ao próximo ano. Porque devemos esperar que o tempo cronológico mude para iludirmos e deixarmos idealizar algo nessa mudança de tempo? O tempo não é hoje e agora? O que tem de novo no 'Ano Novo' que desperta tantos desejos e devaneios que se perdem no cotidiano das pessoas durante as horas, dias e meses? A vivicitude dos desejos, anseios e fantasias só se permitem escancarar quando se aproxima o novo ano? Ah! Se o tempo cronológico alterasse simultaneamente o tempo emocional e financeiro das pessoas, talvez não precisaríamos do ano novo para revigorar tantos desejos encobertos no subconsciente e desvelados nas atitudes e falas gritadas e outras cochichadas em cada esquina por onde passamos. Tantos sonhos que se explodem na realidade econômica e social desse nosso país, o sonho básico, simples para uns e complexo para outros: o de se alimentar; o desejo da maioria das pessoas: ter o mínimo de paz. Tantos clichês desenxabidos na TV... Diante disso e muito mais, o que é então O Ano Novo, senão, um mito?

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