terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Saudosismo


Deitada em minha cama, olhei para o lado e vi o criado mudo. Sobre ele um porta retrato bonito(?) com uma foto antiga (antiguinha mesmo) e vieram a tona algumas recordações... Como era bom acordar pela manhã e gritar "mãe, quero mamar", levantar e brincar com o meu ursinho chamado Peposo (e por incrível que pareça, ele está aqui no quarto). Saudade dos dias de sol que clareavam até a sombra. Eu era chorona (como sou até hoje) e era só o meu pai falar em um bom e alto tom "Te amo" que eu chorava. Tinha medo de psicina (ainda não sei nadar), de andar a cavalo (cavalgo bem, aprendi!) e de aranha (como detesto esse inseto). Que engraçado, em 1990 eu estudava na pré-escola e na comemoração do dia das crianças eles deram para os alunos um pintinho (veja que presente de grego)... Ah esse pintinho rendeu muita história [ Eu tinha seis anos, e no dia que pisei em cima do pintinho, foi o dia e em que aprendi a fazer bolinha de ar com chiclete na boca {sem querer, desastrada desde sempre, pisei em cima do dito e ele morreu. Fui chorar em frente ao espelho, confesso que às vezes ainda faço isso e chupando chiclete... "plock" fiz a minha primeira bolinha}], foi muito emocionante que não me esqueci. Eu queria também ter uma bicicleta (que fosse minha) e na minha casa só existia uma bicicletinha que era do meu irmão com o pneu traseiro furado, fui então, aprender a andar nessa bicicleta mesmo. A empurrava em uma rua lateral à minha casa (que é uma casa que se localiza na esquina) e descia sentada na bicicleta (foi assim que aprendi a dar as minhas pedaladas). Eu ainda não sabia ler e ficava insistentemente atrás da minha mãe para que lesse os gibis que eu amava tanto (e ainda amo). O mingau de cremogema adoçava as minhas tardes, ah como é bom!!! Cremogema ainda faz parte da minha vida, trocava qualquer almoço ou jantar se fosse possível por um mingau... Uma vez, fui em um bar com uma vizinha sem avisar os meus pais, resultado: quando cheguei o meu pai estava nervoso e para eu não sair mais sem avisar e ele foi me bater achando que ia me educar (pediu então pra eu virar a bundinha), (dei imensas gargalhadas agora) - vou perguntar para o meu pai porque ele pediu isso e além do mais vou ensinar a ele como é que se educa ... Quantas brigas tolas com meu irmão que era o "meu filho", que por sinal, eu ainda o chamo de "meu filho"... Tantos sonhos e desejos e vejo que ainda hoje a vida é tão colorida quanto antes.. Tem dias que são negros, outros brancos, rubros, multicoloridos, afinal, tudo é uma questão de humor ou da lua, já que no meu mapa astral (?) consta que sou regida por ela.


Recordações, saudades... Isso também faz parte da vida!

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